A Indústria automobilística iniciou no Brasil em 1956, na cidade de Santa Bárbara d'Oeste (SP) com o início da fabricação da Romi-Isetta.
As marcas de capital brasileiro atualmente são: Agrale, Puma, Mascarello, Marcopolo, Neobus, TAC, Chamonix.
Em 2019, foi lançado o primeiro carro híbrido a etanol do mundo, o biocombustível é abundante no país e, sendo uma energia limpa, mais de 92% dos carros no Brasil são movidos a etanol.
Em 2021, o setor terminou o ano com 101.050 pessoas empregadas, nas fábricas de carros, utilitários, caminhões e ônibus no Brasil. O número de fábricas em 2021 foi de 34 unidades.
Uma pesquisa de 2021 revela que o Brasil é o 5º país mais caro do mundo para comprar e manter um carro.
O automobilísmo começou no Brasil no dia 25 de novembro de 1891, quando desembarcou, o primeiro carro importado, adquirido por Alberto Santos Dumont. O carro era um Peugeot a gasolina, de 3,5 cavalos-vapor e dois cilindros em V. O veículo, permaneceu na residência de Santos Dumont em São Paulo.
O primeiro veículo emplacado no Brasil foi em São Paulo, do empresário Francisco Matarazzo, em 1900. O primeiro acidente de trânsito que se tem notícia no Brasil foi em 1897, quando o poeta Olavo Bilac colidiu com uma árvore.
O Brasil é um dos primeiros países do mundo a fazer um protótipo de um carro. Utilizando um motor de origem inglesa, o inventor paulistano Paulo Bonadei foi o primeiro a montar um carro no Brasil. O veículo ficou pronto em 1905.
Em agosto de 1925, foi realizado os primeiros testes no Brasil, com um automóvel adaptado para usar álcool etílico hidratado como combustível.
Entre as décadas de 1930 e 1940 o piloto Chico Landi venceu algumas corridas pilotando carros movidos a álcool de fabricação nacional, enquanto seus concorrentes usavam metanol importado da Europa.
A FNM (Fábrica Nacional de Motores, popularmente conhecida como "Fenemê") foi criada em 1942. A empresa, cujo objetivo inicial era a fabricação de motores aeronáuticos, passou a fabricar também caminhões e automóveis em 1949.
Em 31 de março de 1952, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI) instalou a subcomissão de jipes, tratores, caminhões e automóveis. O primeiro carro montado em território brasileiro foi a Romi-Isetta, em 1955, produzida pelas indústrias Romi na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. O veículo foi produzido entre 1956 e 1961.
Ainda em 1956, a Vemag colocou no mercado uma camioneta derivada da família F91, produzida pela DKW, montada no Brasil. Em 1958 passou a disponibilizar sedãs e peruas da família F94 montados sob licença da DKW. Também produziu uma versão abrasileirada do jipe Munga e, nos anos 1960, encomendou uma carroceria da Itália, e a montou sobre a mecânica DKW.
Em 1957 foi o início da montagem da Kombi no Brasil, com as peças importadas.
A Toyota estabeleceu-se no país em 23 de janeiro de 1958. Em maio do ano seguinte, a fábrica começa a produzir o Land Cruiser modelo FJ-251, produzido exclusivamente no Brasil e, o primeiro veículo da companhia montado fora do Japão.
As Quatro Grandes
Em 1959, no município de São Bernardo do Campo, São Paulo, foi instalada a fábrica da Volkswagen, cujo primeiro modelo produzido foi a Kombi, e o famoso Volkswagen Fusca.
Em Rio Bonito (RJ), um pequeno empreendedor chamado Sebastião William Cardoso havia montado um pequeno jipe que chamou de "Tupi", movido a partir de um motor de um gerador elétrico.
A Chevrolet e a Ford, que eram apenas montadoras de peças importadas, também começaram a fabricação de caminhões e a produção de automóveis em 1968.
A seguir veio a italiana Fiat de Turim, instalou-se em 1973 em Betim (MG).
Outras montadoras, como a Renault, Peugeot, Citroën, que montaram fábricas no Brasil.
Outras marcas foram incorporadas, como a Dodge pela Chrysler do Brasil.
A Mercedes-Benz, que já fabricava caminhões, estabeleceu em São Bernardo uma fábrica, a Daimler Benz do Brasil, inicialmente fabricante de carrocerias de caminhão e ônibus, inaugurando a sua unidade montadora veicular em 1999, em Juiz de Fora(MG).
Com as crises do petróleo nos anos 1970, o país desenvolveu como alternativa o Programa Nacional do Álcool (Proálcool) para substituir a gasolina pelo álcool combustível (bioetanol). Em 1979, o Fiat 147 tornou-se o primeiro carro com motor a álcool a ser produzido em série.
Diversos foram os fabricantes de automóveis genuinamente brasileiros como Puma Veículos e Motores, Gurgel, Miura, Envemo entre outros. Muitos não sobreviveram à reabertura das importações no início dos anos 1990 e à competição com modelos importados.
A Gurgel entrou em processo de falência após ter lançado no mercado brasileiro o Gurgel BR-800 (o primeiro automóvel genuinamente brasileiro) e posteriormente o Gurgel Supermini, mas o governo federal estendeu a isenção do IPI (antes exclusiva para o modelo nacional) a todos os modelos de veículos existentes no Brasil com menos de 1000 cilindradas e negou um empréstimo para a instalação do projeto Delta (que incluía a construção de um complexo industrial para a fabricação do mesmo no estado do Ceará), culminando na queda do preço das ações.
O primeiro carro nacional a ser vendido com injeção eletrônica no Brasil foi o Volkswagen Gol GTI, fabricado a partir de 1989. No entanto, o primeiro carro com este recurso a ser fabricado no Brasil foi o Volkswagen Fox (Volkswagen Voyage para exportação) em 1988.
O primeiro automóvel inteiramente fabricado no país foi o minicarro BR-800, em 1988.
Décadas de 2000 e 2010
Até recentemente, o fabricante brasileiro de maior destaque era a Troller, com os veículos T4 e Pantanal porém, em 2007 o fabricante foi adquirido pela Ford.
Em 2007, a produção automobilística no Brasil chegou a três milhões de veículos, o que torna o país o sexto maior produtor mundial de automóveis, porém segue sendo o único membro do BRIC a não possuir uma montadora genuinamente nacional.
A partir dos anos 2010, começa a acontecer uma descentralização da produção brasileira automotiva, que antes era concentrada na Região do Grande ABC, fatores como os sindicatos, o desenvolvimento das cidades do ABC, pelo aumento de custos imobiliários.
Em 2014 a BMW, que atua no país desde 1995 inaugurou sua fábrica nacional em Araquari, Santa Catarina.
Em 2015, foi inaugurado em Pernambuco o Polo Automotivo Stellantis. Localizado em Goiana, município da Região Intermediária do Recife, produz carros do segmento premium como o Jeep Renegade, o Jeep Compass, o Jeep Commander, a Fiat Toro e a Ram Rampage.
Em 2018, a FNM ressurgiu, agora ressignificada como Fábrica Nacional de Mobilidade, dedicando-se a produção de caminhões elétricos.
Em 2019, o Brasil lançou o primeiro veículo híbrido a etanol do mundo.
Década de 2020
Em 17 de dezembro de 2020, a Mercedes-Benz anunciou o encerramento da sua fábrica de veículos em Iracemápolis, interior de São Paulo. Segundo a montadora, a decisão foi tomada devido a difícil situação econômica do País, porém afirmou que continuaria a comercializar os seus veículos importando-os do Exterior, além disso, pretende manter as suas duas fábricas de caminhões, uma em São Bernardo do Campo (SP) e a outra em Juiz de Fora (MG).
Em 11 de janeiro de 2021 a Ford anunciou o encerramento de suas fábricas no Brasil, continuando apenas com modelos importados. Em nota, a montadora disse que os novos desafios globais do mercado automotivo, a pandemia de Covid 19 e os baixos índices de vendas na região da América do Sul motivaram a decisão. Apesar disso, continuaria a atuar no Pais.
Em 27 de janeiro de 2022, a chinesa GWM apresentou oficialmente a marca no Brasil. Sua fábrica está localizada em Iracemápolis, em instalações compradas da Mercedes-Benz.
Em 4 de julho de 2023, a montadora chinesa BYD Auto anunciou que irá inaugurar uma fábrica automotiva localizada no antigo complexo da Ford em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Segundo a empresa, está previsto um investimento de R$ 3 bilhões para a construção de três unidades dentro do complexo que serão responsáveis por produzir automóveis, caminhões e ônibus e também por processar células de lítio e ferro fosfato.
Em 2024, as montadoras chinesas Omoda, Jaecoo, Neta e Zeekr anunicaram que irão comercializar seus veículos no Brasil.
Fontes: www.wikipedia.com.br.