Chrysler é uma marca de automóveis americana que faz parte da Stellantis North America. Em 2014, a antes conhecida como Chrysler Group LLC, em homenagem a seu fundador Walter Chrysler, com a fusão da Fiat e Chrysler e posteriormente fusão com o Grupo PSA, passou a se chamar Fiat Chrysler Automobiles
A Chrysler foi fundada por Walter Chrysler em 6 de junho de 1925, quando a Maxwell Motor Company, fundada em 1904, foi reorganizada na Chrysler Corporation.
Walter Chrysler chegou à empresa Maxwell Chalmers, em dificuldades, no início da década de 1920, contratado para assumir e reformar as operações da empresa, logo após um trabalho de resgate na empresa Willys.
No final de 1923, a produção do automóvel Chalmers foi encerrada.
Então, em janeiro de 1924, Walter Chrysler lançou o Chrysler 70, também chamado de B-70, era um automóvel de 6 cilindros, projetado para ser um carro avançado e bem projetado e a um preço acessível.
O Chrysler incluía um filtro de ar do carburador, motor de alta compressão, lubrificação de pressão total dentro do motor e um filtro de óleo, numa época em que a maioria dos automóveis não tinha todos esses recursos. Entre as inovações, os primeiros freios hidráulicos produzidos em massa nas quatro rodas. A Chrysler foi pioneira em suportes de motor de borracha para reduzir a vibração, rolamentos Oilite e super acabamento para eixos.
A Chrysler também desenvolveu uma roda de estrada com aro estriado, projetada para evitar que um pneu vazio saísse da roda. Essa roda acabou sendo adotada pela indústria automobilística em todo o mundo.
Em 1928, a Chrysler dividiu seus veículos por classe de preço e função. A marca Plymouth no segmento de baixo preço do mercado. A marca DeSoto no campo de preço médio. A Chrysler comprou a empresa de automóveis e caminhões Dodge Brothers e lançou a linha de caminhões Fargo. Em 1987 adquiriu a AMC, e criou a marca Eagle em 1988.
Em 2001, a empresa tinha as marcas, Dodge, Jeep e Chrysler. Em outubro de 2009, uma quarta marca foi estabelecida com a criação da marca Ram. Em 2011, a Fiat se tornou a quinta marca.
Na década de 1930, a empresa criou uma divisão formal de peças de veículos sob a marca MoPar.
A marca Airtemp da Chrysler para ar condicionado fixo e móvel, refrigeração e controle climático foi lançada com a primeira instalação no Chrysler Building na década de 1930.
A Airtemp forneceu unidades de refrigeração médica na Segunda Guerra Mundial e dominou o setor na década de 1940, mas ficou para trás e foi vendida em 1976.
Na década de 1980, a Chrysler formou uma subsidiária chamada Acustar para vender peças para outras montadoras, bem como fornecer peças para veículos construídos pela Chrysler.
Safeguard é a marca da Chrysler para vidros automotivos originais e de reposição, de 1958.
Em 1934, a empresa lançou os modelos Airflow, com carroceria aerodinâmica, entre os primeiros a serem projetados com base em princípios aerodinâmicos. A Chrysler criou o primeiro túnel de vento da indústria para desenvolvê-los. Os compradores rejeitaram seu estilo, e os carros Dodge e Plymouth, com design mais convencional, impulsionaram a empresa durante os anos da Grande Depressão.
Os avanços da engenharia continuaram e, em 1951, a empresa lançou o primeiro de uma longa e famosa série de Hemi V8s.
Em 28 de abril de 1955, a Chrysler e a Philco anunciaram o desenvolvimento e a produção do primeiro rádio automotivo do mundo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, todas as instalações da Chrysler foram dedicadas à construção de veículos e sistemas militares.
Uma das contribuições mais significativas da Chrysler para o esforço de guerra foi no projeto e na fabricação de componentes de sistemas de radar. Os radares de micro-ondas, o sistema de radar mais amplamente reconhecido da época da guerra.
Após a guerra, a Chrysler continuou com projetos espaciais para o governo dos EUA, nas áreas aeroespaciais de mísseis e propulsores espaciais.
1960
A partir de 1960, a Chrysler construiu todos os seus carros de passeio com carroceria unitária ou monocoque, com exceção dos Imperiais que mantiveram a construção de carroceria sobre chassi até 1967. A Chrysler se tornou assim a única das três grandes montadoras americanas a oferecer construção unibody na grande maioria de suas linhas de produtos. Essa técnica de construção, agora é padrão mundial.
O Valiant de 1960 foi o primeiro automóvel de produção com um alternador, gerando corrente alternada, que foi usado em todos os produtos Chrysler em 1961.
A Chrysler foi pioneira no uso de cargas eletrostáticas para adesão do agente antiferrugem em seus modelos de 1960. A empresa foi a primeira a usar um sistema de banho à prova de ferrugem de sete etapas.
Em abril de 1964, foi lançado o Plymouth Barracuda, com enorme janela traseira de vidro e o teto inclinado. O Barracuda foi lançado quase duas semanas antes do Mustang da Ford, tornando-o o primeiro carro compacto. Mesmo assim, o Mustang o superou em vendas em 10 para 1.
Por muitos anos, a Chrysler desenvolveu motores de turbina a gás, que funcionam em vários tipos de combustíveis. No entanto, a Chrysler foi forçada a abandonar o motor de turbina como uma pré-condição das garantias de empréstimos do governo dos EUA, quando a empresa passou por dificuldades financeiras no final da década de 1970.
Na década de 1960, a Chrysler obteve uma participação majoritária no Grupo Rootes britânico em 1964, expandindo assim para a Europa.
A década de 1970 foi tumultuada para a Chrysler, a empresa dependia de um mercado de petróleo barato, ela não vendeu tão bem quanto seus concorrentes, devido à falta de um motor de quatro cilindros. A Chrysler demorou a se adaptar a um endurecimento gradual das regulamentações antipoluição. No entanto, como as divisões europeias da Chrysler já fabricava veículos com baixo consumo de combustível e menos poluentes, tudo o que a administração da Chrysler precisava fazer era importar a tecnologia europeia que já possuía.
Em meados da década, a empresa obteve um sucesso notável com sua primeira entrada no mercado de carros de luxo pessoais, o Chrysler Cordoba.
A introdução apressada do Dodge Aspen e do Plymouth Volaré em 1976 trouxe enormes custos de garantia. Na época, os recalls de produtos para o Aspen e o Volare foram os maiores de todos os tempos. A Chrysler Europe essencialmente entrou em colapso em 1977 e foi transferida para a Peugeot no ano seguinte. Em 1980, a Chrysler Austrália, foi vendida para a Mitsubishi Motors. A dupla subcompacta Horizon/Omni estava chegando ao mercado dos EUA quando a segunda crise do petróleo chegou, e embora tenham vendido bem, vendendo mais de 300.000 unidades cada no primeiro ano, as vendas dos carros maiores da Chrysler estavam diminuindo, e a empresa não tinha uma linha compacta forte para se apoiar.
Em 1979 a Chrysler pediu um empréstimo de US$ 1,5 bilhão ao governo dos EUA. Os militares compraram milhares de picapes Dodge que entraram em serviço militar como a Série M-880 de Veículos de Carga Utilitários. Com essa ajuda e alguns carros inovadores, a Chrysler conseguiria evitar a falência e se recuperar lentamente.
Após receber esse adiamento, a Chrysler lançou o primeiro carro da linha K-Car, o Dodge Aries e o Plymouth Reliant, em 1981. Assim como a minivan que viria depois, esses automóveis compactos foram baseados em propostas de design que a Ford havia rejeitado durante a gestão de Iacocca. Como foram lançados em meio à grande recessão de 1980-1982, esses carros pequenos, eficientes e baratos com tração dianteira venderam rapidamente.
Além dos carros compactos, Iacocca reintroduziu o Imperial de tamanho normal como carro-chefe da empresa. O novo modelo contava com todas as tecnologias mais recentes da época, incluindo injeção eletrônica de combustível, o primeiro carro nos EUA a ser equipado com essa tecnologia e um painel totalmente digital. O Imperial revivido vendeu pouco, vendendo apenas 12.000 unidades dos 25.000 originalmente planejados para produção, o Imperial foi descontinuado após 1983.
A Chrysler também introduziu as minivans Dodge Caravan e Plymouth Voyager, em 1983, que liderou a indústria automobilística em vendas por 25 anos. Por causa dos carros K e minivans, juntamente com as reformas implementadas, a empresa se recuperou rapidamente, em 1983, foi capaz de pagar os empréstimos do governo vários anos antes do prazo.
Em 1987, a Chrysler vendeu cerca de 32.750 carros que foram testados com odômetros desconectados antes de serem enviados às concessionárias. A Chrysler fez um acordo extrajudicial com os reclamantes.
Em 1987, uma parceria com a Mitsubishi Motors fortaleceu a posição da empresa no mercado de carros pequenos. A Chrysler adquiriu a American Motors Corporation, as principais motivações para a compra foram a lucrativa marca Jeep.
A outra motivação era a então nova fábrica de montagem de Brampton, que na época era uma das mais avançadas fábricas de montagem de veículos da América do Norte.
A linha de produtos Jeep Cherokee da AMC, sozinha, logo passou a representar mais de um terço dos lucros da Chrysler. Vários líderes da AMC se tornaram estrelas na Chrysler. A Chrysler estava sofrendo uma queda de produção e precisava copiar o estilo da AMC e da Renault, onde o trabalho era conduzido em constante mudança.
A Chrysler adquiriu a fabricante italiana de carros esportivos Lamborghini. Executivos da Chrysler foram nomeados para o conselho da Lamborghini, embora a maioria dos membros permanecesse.
Para iniciar sua revitalização, a Lamborghini recebeu uma injeção de capital e se tornou lucrativa e uma franquia mais eficiente, com serviço completo e suporte de peças de reposição, foi estabelecida, substituindo a rede de concessionárias privadas.
A Chrysler tinha interesse de entrar no mercado de carros esportivos. A Chrysler pretendia competir com a Ferrari 328, e queria que os italianos produzissem um motor para ser usado em um carro Chrysler no mercado americano. A Chrysler levou a Lamborghini para o automobilismo pela primeira vez.
Embora os lucros tenham ultrapassado a marca de US$ 1 milhão em 1991, a melhora durou pouco, em 1992, as vendas despencaram com à recessão da década de 1990, a Chrysler vendeu a empresa.
Em 1988, a Chrysler e a Fiat, proprietária da Alfa Romeo, chegaram a um acordo que nomeou a Chrysler como distribuidora exclusiva da Alfa Romeo na América do Norte.
Início da década de 1990, a Chrysler enfrentou novamente problemas financeiros. A economia americana entrou em recessão após a quebra da bolsa de valores. Além disso, a maior parte da linha de produtos da Chrysler baseava-se ultrapassada, plataforma do carro K.
A Chrysler iniciou o trabalho em um único tipo de plataforma de carro, a Chrysler conseguiu se tornar a produtora de menor custo da indústria automobilística de 1990.
Em 1992, a Chrysler introduziu a plataforma LH, apresentavam motores V6 montados longitudinalmente com um sistema de transmissão de tração dianteira, incomum na maioria dos carros de tração dianteira dos EUA, competiram diretamente com o Ford Taurus, carros de médio porte do Japão e carros da GM.
A popularidade contínua da Jeep com o lançamento do Grand Cherokee de 1992 e do Wrangler de 1997, novos modelos ousados como a picape Dodge Ram de 1994, o esportivo Dodge Viper, o hot rod Plymouth Prowler, os sedãs LH redesenhados e as novas minivans colocaram a empresa em uma posição forte.
Em 1998, a Daimler-Benz e a Chrysler formaram uma parceria. A Chrysler Corporation foi então renomeada para Daimler Chrysler Motors Company LLC.
A marca Plymouth foi dissolvida em 2001. A parceria com a Mitsubishi foi dissolvida quando a Daimler Chrysler alienou sua participação na empresa. O desempenho financeiro melhorou e a Chrysler estava gerando uma parte significativa dos lucros da Daimler-Chrysler de 2004 a 2005, já que a outra subsidiária, a Mercedes-Benz, incorreu em custos de reestruturação. Em 2005, a Chrysler era considerada a mais saudável das três montadoras de Detroit.
No entanto, em 2006, enquanto a Mercedes-Benz, obteve lucro, a Chrysler teve prejuízo. Isso levou ao fim da fusão de oito anos.
A Daimler Chrysler AG anunciou em 14 de maio de 2007 que venderia 80,1% de sua participação no Grupo Chrysler para a Cerberus Capital Management. O Grupo Daimler Chrysler Corporation se tornaria oficialmente Chrysler LLC, com duas subsidiárias, Chrysler Motors LLC que produz veículos Chrysler, Dodge e Jeep, e Chrysler Financial Services LLC que assumiu as operações da Chrysler Financial. A Daimler Chrysler AG mudou seu nome para Daimler AG. A Cerberus Capital estava menos interessada em reconstruir a fabricante de automóveis, mas sim em obter lucro de curto prazo por meio de uma aquisição alavancada.
Em 2008 as vendas da Chrysler no mercado dos EUA caíram 34,9% em apenas 12 meses.
Em 17 de dezembro de 2008, a Chrysler anunciou que planejava interromper a produção em todas as suas 30 fábricas até 19 de janeiro de 2009. Em 19 de dezembro, o presidente George W. Bush anunciou um empréstimo de resgate de US$ 13,4 bilhões para as montadoras americanas, incluindo a Chrysler.
Em 30 de março de 2009, a Casa Branca anunciou que forneceria US$ 6 bilhões adicionais em apoio adicional à Chrysler, desde que a empresa fizesse uma aliança com a Fiat antes do final de abril.
A Chrysler entrou com um pedido de proteção contra, em 30 de abril de 2009, e anunciou uma aliança com a Fiat.
Em 1º de junho de 2009, um tribunal de falências dos EUA aprovou um plano, formada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automobilística, deterá 55%, Fiat terá 20%, governos dos EUA terá 8% e do Canadá 2%.
A Fiat venderá seus próprios modelos, como este Fiat Nuova 500, pela Chrysler nos Estados Unidos
Em 21 de julho, a Fiat obteve a maioria da propriedade e o controle da Chrysler com 58%.
A Fiat declarou planos para a marca Chrysler e a Lancia desenvolverem produtos em conjunto, com alguns veículos sendo compartilhados. No Salão do Automóvel de Detroit de 2010, um Lancia Delta com o emblema da Chrysler estava em exibição, provavelmente o primeiro Lancia a ser vendido como um Chrysler.
Dodge, Jeep e Chrysler passam por uma reforma ao atualizar, redesenhar ou substituir todos os carros e caminhões, trocando motores e criando veículos que as pessoas desejam.
Em 16 de dezembro de 2014, a Chrysler Group LLC anunciou uma mudança de nome para FCA US LLC.
Quando a FCA e o Grupo PSA se fundiram em 2021 para formar a Stellantis, o Grupo Chrysler LLC denominado Stellantis North America, oficialmente FCA US, adotou a marca Stellantis usada em todo o mundo.
Logotipo da Stellantis foi adotado por todas as subsidiárias da empresa, incluindo o Grupo Chrysler
Fontes: https://pt.wikipedia.org